Morreu nesta terça-feira (22), aos 81 anos, o cantor Erasmo Carlos, compositor de canções clássicas, a maioria delas escrita com o parceiro Roberto Carlos, e um dos maiores nomes da história da música nacional. A morte foi confirmada pela gravadora Som Livre, que não informou a causa. Ele estava internado num hospital na zona oeste do Rio de Janeiro.


A primeira —e maior— paixão musical de Erasmo foi o rock’n’roll. Obcecado desde a adolescência pelo ritmo "selvagem" de Elvis Presley e Little Richard, ele foi um dos maiores símbolos do rock brasileiro, um astro que encarnou a imagem do rebelde e cantou sobre carros vermelhos, gatinhas manhosas e sua própria fama de mau.


Mas Erasmo foi muito mais que isso. O rock, na verdade, representou uma fase curta em sua carreira. Erasmo logo se libertou das amarras criativas da Jovem Guarda e se estabeleceu como um dos maiores compositores do pop e da música romântica brasileira, especialmente devido às centenas de canções escritas com o parceiro Roberto Carlos.


Começando em 1963 com "Parei na Contramão", a parceria de Roberto e Erasmo é uma das mais longevas e a mais bem-sucedida da história da música brasileira, rendendo inúmeros sucessos: "Emoções", "Detalhes", "Sentado à Beira do Caminho", "As Curvas da Estrada de Santos", "Se Você Pensa", "Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos", "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno", "Como é Grande o Meu Amor por Você" e muitas outras.

Erasmo Carlos - Sentado à beira do caminho - 50 Anos de Estrada